Assis e Florença!

Ahhhh que lugares lindos! Como valeu a pena ir até lá.

Bom, mas nem tudo são flores né... primeiro, quando finalmente saímos de Roma, fomos pra estação Central, chamada TERMINI. Quando a gente chegou, com as passagens pro trem compradas, só tínhamos que achar, entre 298 trens, qual era o nosso. Vou abrir meu coração pra vocês: “PORQUE CARGAS D´AGUA ESSE POVO NÃO FALA INGLÊS MEU DEUS DO CÉU?!” Enfim, se vocês acham o único problema era esse... leiam até o final desse post.

Ok, corre para um lado, corre para o outro, reza praquele trem lá do outro lado que está saindo lá do outro lado as estação não seja o seu, carrega os 90 casacos que a Nicolle trouxe e assim, dessa forma, acho que chegamos ao nosso trem. Vamos perguntar só pra ter certeza?? Tinham 6 homens uniformizados fora do trem e nenhum sabia dizer se o dito cujo era o que parava em Assis (Assisi para o Totó, Berdinazzi e Mezenga). Até que um tentou dizer através de todas as mimicas possíveis que esse trem passava por Assis, mas o ponto final dele era outra cidade, por isso não estava “ Assis” na placa. Entramos.

Bom, o trem era muuuuuito, mas muito mais confortável do que o de Milão – Roma. Pagamos ¢9.70 cada uma por esse trecho. Entramos, sentamos... o trem estava vazio, cheio de assentos lindos e muito confortáveis... Ora bola, a Nicolle se mandou pra um lado e eu pro outro. Jogamos toda nossa quinquilharia, pé em cima dos bancos e ZZzzzZzzZzzzZz.

De repente um italianona bem gorda, grossa e estúpida me cutuca. Era a fiscal do trem pedindo pra conferir a passagem. Era o capeta na sua forma mais horrenda vindo puxar meu pé no meio do meu sono. A gente não validou a passagem na estação, que é simplesmente vc enfiar o cartão de embarque numa maquina registradora para ganhar o Stamp: o maldito carimbo. Foi assim que perdemos ¢50.00 de multa. Aliás ¢55.00 porque a gente comprou pra segunda classe e estávamos na primeira. Estava confortável demais pra ser verdade.

Era praticamente todo nosso dinheiro, pra pagar a nossa ultima noite em Hostel , comida e algum ingresso de algum lugar. Mas a Jotalhona não se compadeceu e  a gente ficou só com dinheiro pro Hostel e ¢10.00 pra comida bebida e ingresso de algum lugar, em tempo, 10 euros=5.00 pra cada uma. Oh My God! Mas vamos lá que não tá morto quem peleia!!

Chegamos em Assis! Gente, inexplicável a sensação de estar numa das novelas da Globo gravadas na Itália hahahaha. Falando sério, o lugar parece cenário todo montadinho, é romântico, perfeito, doce, colorido, quente... é gostoso demais!!

Assis na verdade, é um vilarejo que fica em cima de uma montanha, pra subir lá vc tem que pegar um ônibus que vai e volta o tempo todo da estação de trem até lá em cima. Custa ¢2.00.

Aí vc chega no topo tem uma cidadezinha, casas sempre amontoadas (claro que vc tem que usar sua imaginação europeia pra imaginar as casas amontoadas, porque no Brasil casa amontoada é sinônimo de barraco né) todas de pedra... as ruazinhas estreitas com pequenos comércios, flores nas janelas, nas ruas, nas calçadas e uma vista dos campos perfeita. De tirar o fôlego. Eu não pensei que existia, vc ver em filme é ficção, é porque a produção fez milagre no cenário, é falso....Mas vc pisar nesses lugares perfeitos e ver que existe, que tem gente morando lá, que é assim há centenas de anos e continuará sendo. Sem palavras pra descrever. As fotos me ajudarão:

Lá em Assis fica o túmulo de São Francisco (de Assis, sacou??)

A igreja é deslumbrante e tem uma energia surreal. Uma paz que te invade, uma vontade de rir, uma bondade pairando no ar. É um dos lugares que eu já visitei que dá vontade de ficar horas e horas contemplando, curtindo, sorrindo lá dentro. E quando vc sai, se depara com a vista do alto do morro, tanto da cidadezinha quanto dos campos verdes lindos.

Gente é muita alegria gratuita, lá de graça, pra vc pegar no ar, respirar, abrir os olhos e ser feliz. 

vista do trem

Depois dessa coisa gostosa, pegamos mais um trenzinho básico (dessa vez validando o ticket, sentando na classe certa) que custou ¢12.05 e fomos para a região da Toscana. Linda demais. Toscana é a região dos campos da Itália, a cidade que fomos mesmo se chama Florença (Firenze para o Totó, Berdinazi e Mezenga), berço do Renascimento e onde estão enterrados os principais italianos: como Michelângelo, Galileo Galilei, Maquiavel e Rossini. Florença também ficou muito conhecida por causa de Dante Alighieri, autor de “Divina Comédia”. (é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, e que é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. O poema chama-se "Comédia" não por ser engraçado mas porque termina bem (no Paraíso). Era esse o sentido original da palavra Comédia, em contraste com a Tragédia, que terminava, em princípio, mal para os personagens.

No trem conhecemos um senhor que falava Italiano e Inglês com a gente. Quando ele perguntou de onde éramos ele começou as falar português também, hehehe. Ele nos contou várias coisas de Florença, mas a mais marcante pra mim foi a história de Dante. Hoje lá em Florença os italianos mais importantes da história tem seu túmulo, mas Dante, quando morreu, estava exilado em Ravenna, mas ele tinha a esperança de ser chamado a Florença para um regresso honrado, mas isso nunca aconteceu. O exílio era como uma segunda morte para ele.

Posteriormente, Florença chegou a lamentar o exílio de Dante e fez repetidos pedidos para o retorno de seus restos mortais. Os responsáveis pela guarda de seu corpo em Ravenna se recusaram a cumprir, chegando ao ponto de esconder os ossos em uma parede falsa do mosteiro. No entanto, em 1829, um túmulo foi construído para ele em Florença, na basílica de Santa Cruz. Mas o túmulo se encontra vazio,  o filho mais importante de Florença não está enterrado lá, por isso existem duas estátuas ao lado, uma representando a Itália, e outra Florença chorando em cima do túmulo de seu filho com uma coroa de folhas de oliva na mão.

Mas, eu não fui nesse monumento pois era mega afastado da cidade, então resolvemos fazer nosso tour de 1 apenas pelo centro pra poder ver mais coisas.

Assim que chegamos, nos demos conta que o Hostel que tinhamos reservado era onde Judas perdeu as botas, e como só teriamos 1 dia pra ficar lá, não valia a pena. Fomos de mala e cuia pro centro e conseguimos um Hostel a ¢20.00 cada uma. Super bem localizado.

Gente, Florença é o que há de Medieval. A cidadezinha, as ruazinhas... vc consegue imaginar perfeitamente (imaginação européia por favor) as carruagens daquela época e ouve o barulho da ferradura dos cavalos nas ruas de pedra. Vc anda por aquela ruas estreitinhas e vira pra direita e se Depara com um monumento Imenso que te faz tão pequeno... Não sei se pelas fotos vai dar pra ver o tamanho real que é a Catedral, (ou Duomo pro Totó, Berdinazzi e Mezengas) Santa Maria Del Fiore, ela tem uma cúpula fenomenal e vc ela de qualquer ponto da cidade de tão alta.

Outra coisa gigantesca é o Palazzo Vecchio, que ao lado tem uma exposição externa de estátuas.

Essa é a Ponte Vecchio, mais antiga ponte de Florença, e mais medieval impossível.

Até então a gente só tinha 10 euros pra comer, mas daí, por um milagre divino do chamado Visa Travel Money, a Mãe da Nicolle depositou dinheiro pra ela e aí a gente voltou a tomar sorvetes pela Italia (tia, muito obrigada mesmo por ter salvado a gente)

 Esses foram os passeios noturnos, pois na manhã seguinte só tivemos até as 11 da manhã para entrar nas galerias famosas e ver o quadro da Vênus e a estátua de David. Já mencionei que nada pode bater foto? Mas eu sempre dou meu jeitinho de registrar esse momento. Thank I Phone! I love you!

Cada entrada foi ¢11.00 o que fez com que ficassemos sem dinheiro de novo em menos de 2 horas. Mas como a gente ja estava indo embora não tem problema, compramos um saco de pão, um coca litrão e um presunto. Já era, isso ia ser o rango da viagem.

Ao nosso lado no trem só tinha senhoras finas, de boa indole e boa educação. Quando a gente sentou, famintas, abrimos o pacote de pão... elas já olharam torto... com a mãozinha eu peguei o pacote de presunto e gentilmente coloquei um em cima da minha fatia de pão... elas começaram a falar mau da gente em Italiano... quando a Nicolle abriu o litrão de Coca e tomou do gargalo, elas se levantaram e foram embora hahahahahah.

É isso aí minha gente, começamos a viagem comendo Massa Carbonara e vinho, terminamos assim!!! Mas pelo menos a cabine do trem ficou mais espaçosa.

E foi assim que terminamos a trip. Depois disso pegamos mais um trem, o último, para Milão. E de Milão para Dublin.

Roma: Terceiro e quarto dia!

Ainda em Roma!

Lembram do último post que eu fiquei devendo umas fotos?? Aqui estão elas:

A Boca da Verdade é uma igreja e vc é obrigada a entrar lá, porém não pode entrar com as pernocas de fora, olha o que eles deram pra gente vestir...

Aqui é (ou melhor era) O Circo Máximo, um estádio de corrida séculos atrás, mas foi decepcionante ver o que restou... use a imaginação...

(As bem vestidas que eu disse não incluem as dançarinas da balada que estão ali atrás)

Mãe não briga comigo hehehe

Bom, vamos voltar ao resto da viagem que eu estou atrasada com a história.

Antes de mais nada, quero agradecer de coração as pessoas que tem lido o blog, que comentam, mandam e-mail e quero dizer que semana passada estava aqui o Caetano, um queridão de SP que entrou em contato comigo e veio até Dublin!! Eu fico felizona de saber que não é só minha mãe e minhas tias que leem o blog hehehe. Beijão Caetano.

Voltando a Roma...

Sério, isso aqui é tudo muito grande, os lugares são afastados e as filas enormes, então vc tem que se programar bem no que vai fazer antes de vir e já saber quantos dias vai ficar. Bom, Nicolle e eu óbvio que não fizemos nada hahahaha. Hoje, Domingo, decidimos fazer todo o Vaticano, não fosse um probleminha: O Museu do Vaticano não abre aos domingos. Como assimmmm??? Que raiva... e o Teto da Capela Sistina?? Como que faz??? Eu quero ver!!

Bom, calma que pra tudo tem solução, eu minha marida decidimos que segunda de manhã correndo faríamos o Museu, pra ver pelo menos o teto da Capela.

Então vamos ao Estado do Vaticano minha gente! O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 0,44 km² e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor Estado do mundo, tanto por população quanto por área.Lá é a residência oficial do Papa.

Primeiro entramos na Basílica de São Pedro, que é onde ele reza as missas toda semana e a Missa do Galo, aquela do Natal que ninguém nunca pára pra ver. Mentira, meu avô assiste todo ano. A Basílica é uma das maiores igrejas católicas e uma das mais visitadas também, é claro. Dica: não entra quem estiver de saia, bermuda e regata. Lá é um local de respeito e se não estiver vestido adequadamente não entra.

Embaixo da Basílica estão enterrados os corpos dos Papas, (vi num filme) inclusive o do São Pedro(de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa.

 

Dentro da Basílica ficam expostas várias obras-primas, mas eu creio que a mais famosa é a estátua Pietà, faita por Michelangelo quando ele tinha apenas 23 anos: Representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria.

Outra Obra de Michelangelo também foi A Cúpula de São Pedro com 39.000 toneladas, 42 metros de diâmetro, e a mais elevada parte do Vaticano. Claro que eu subi. Vc paga¢5.00 e pode subir degrau por degrau, atééé lá em cima. Por dentro vc consegue ver o altar lá em baixo e se vc sai da cúpula vc consegue ver toda a praça do Vaticano e boas partes de Roma lá de cima. Em tempo, a entrada da Basílica é gratuita, para subir a Cúpula é ¢5.00. Pena que estava chovendo e eu já tenho péssimas experiências de queimar câmera em dia de chuva, então poupei um pouco ela. Mas deu pra clicar o principal.

 

Esse foi nosso terceiro dia, ficamos muito tempo lá dentro, na saída tinhamos o Castelo de San Angelo para ir, fica lá perto do Vaticano. O Castelo hoje em dia é um Museu e também é chamado como Mausoléu de Adriano. Mas chegamos lá e já estava fechando. O ingresso era em torno de ¢17.00 se não me engano, então resolvemos poupar esse dinheiro já que não ia dar tempo de conhecer tudo lá dentro. Mas as fotos da frente a gente tem =)

Bom, a fome bateu forte e nos foi recomendado im restaurante muito roots perto da Piazza Navona, chamado Pizzeria do Baffetto. O Restaurante é bem simples, o dono que recebe as pessoas na porta com seu jeito italiano grosso de ser, e não tem luxo algum, pelo contrário. A pizza é muito fina e o molho de tomate é algo sem explicação de tão gostoso. Vem servida numa badeija e todos comem com a mão. O preço?? Em torno de ¢10.00 a ¢14.00 a pizza inteira. Bom feio e barato hehehe.



Depois, bem na frente do Baffetto, tem um sorvetinho, então a sobremesa foi lá.

Hoje não teve festa pq amanhã de manhã é correr pro Museu do Vaticano pois temos passagem de trem marcada pra 12:13 do dia seguinte.

Vou juntar o dia da Capela Sistina aqui nesse post.

Segunda de manhã, acordamos muuuito cedo, fizemos as malas e saímos correndo pro Museu.

Antes passamos na estação do trem TERMINI. O metrô pára lá, e é de lá que saía nosso trem pra Assis logo mais. Como estávamos com as malas (principalmente a da Nicolle ahhahaah) passamos pra deixar no maleiro da estação, que custa ¢5.00 por 4 horas cada mala.

De lá, corre pra chegar cedo na fila. Dica: Vc pode comprar a entrada pela internet evitar a maior fila do mundo. O museu abre as 9:30, chegamos antes e ficamos 1 hora na fila. Isso pq chegamos cedo, porque depois disso a fila tava em 3 horas de espera. Ingresso ¢15.00 pra quem compra na hora, se comprar antes tem uma taxa de alguns euros que valem a pena.

Foi passar a portaria a gente saiu correndo dentro do Museu onde estão as pessoas estão se acotovelando pra passar e fomos direto ao ponto: Capela Sistina. A Capela foi pintada pelos maiores nomes da Renascença: Michelangelo, Rafael, Bernini e Sandro Botticelli.

Vou colar aqui pra vcs um texto de pesquisa, para contar certinho um pouco sobre essa que é um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.

“...Na realização desta grandiloqüente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor que um pintor. A superfície da abóbada foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de maneira que resultasse numa articulação do espaço entremeado por pilares. Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas, nas retangulares, os episódios do Gênesis. Para entender estas últimas deve-se atentar para as que tocam a parede do fundo:

• Deus separando a Luz das Trevas;
• Deus criando o Sol e a Lua;
• Deus separando a terra das águas;
• A Criação de Adão;
• A Criação de Eva;
• O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso;
• O Sacrifício de Noé;
• O Dilúvio Universal;

Não pode fotografar, mas eu não resisto... Esse é o tão famoso teto visto por mim.

Atrás do altar está lá outra grande obra do mesmo artista: O Juízo Final.

 Segue mais uma pesquisinha pra vcs:

“ Michelangelo expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo, parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao Céu por sua direita, enquanto os condenados, abaixo de sua esquerda esperam Caronte e Minos.

A ressurreição dos mortos e os anjos tocando tombetas completam a composição.”

Ta-dááááá, minha foto!

Agora sebo nas canelas que a gente não pode perder o treeeeem pra Assis!